O primeiro retrato romanesco dos dias inquietos da pandemia encerra de forma magistral o quarteto das estaçes de Ali Smith.Por essa altura, tornou-se moda adotar a postura de no querer saber. Tornou-se moda, tambem, insistir que aqueles que queriam saber, ou que diziam querer saber, ou eram uns pobres falhados ou estavam so a exibir-se. Parece que foi ha uma eternidade. Mas no foi foi literalmente ha escassos meses.Fevereiro de 2020: debruçada sobre o ecr do telemovel, Sacha, de 16 anos, assiste, tweet a tweet, post a post, a violencia racial, a ameaça de uma pandemia global, aos fogos florestais, ao radicalismo e as mentiras descaradas dos politicos. Tambem a familia de Sacha parece estar em perigo de desmoronar: desde o seu irmo, Robert, cujo promissor brilhantismo parece ofuscar-se sob um tedio perigoso, a me, Grace, incapaz de encontrar plena satisfaço na sua vida atual, preferindo a memoria distante dos seus tempos de atriz; e, na casa ao lado, ao pai, que, influenciado por Ashley, a nova mulher, se tornou ele proprio uma pessoa diferente.Em toda a parte, a vida parece existir num permanente estado de transiço, ora voltando atras e repetindo o passado, emulando-o com roupagens diferentes, ora trazendo o futuro de repente, prenhe tanto de perigo, como de esperança. Eis a derradeira estaço do Quarteto. Eis o Vero.Os elogios da critica:Ali Smith fecha o "quarteto das estaçes" com um romance ferozmente lucido, aberto as incertezas do presente sem esquecer as sombras do passado.Jose Mario Silva, Expresso [5 estrelas]Vero e o derradeiro volume de um quarteto onde Ali Smith desafiou as regras do romance para escrever to proximo quanto possivel dos acontecimentos. [...] Outono, Inverno, Primavera, Vero arrisca-se a ser uma das grandes marcas do nosso tempo na arte.Isabel Lucas, Publico [5 estrelas]Um poema em prosa quee uma homenagem a memoria, ao perdo, ao compreender o lado bom da vida e ao aproveitar o momento.The New York TimesVero e o trabalho ousado e valioso de uma escritora que se coloca dianteda escurido dos tempos de hoje e traz a si todo o calor e luz do nosso vero interior.The Washington Post
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