Lídia Jorge

Milene necesita descubrir los hechos de cómo murió su abuela Regina mientras se encuentra mezclada en una trama urbanística orquestada por su propia familia Para afrontar la inexplicable muerte de s

La costa de los murmullos es el testimonio lleno de lucidez del fin de un proceso agónico: la liquidación definitiva del Imperio portugués, la guerra colonial en Mozambique durante los últimos años sesenta y los primeros setenta. Pero es también la historia de unos amores no exentos de ambigüedad en un mundo cotidiano de violencia y de corrupción, de sangre y de lágrimas. Un mundo en el que el azar se convierte en destino para que sólo permanezca la realidad inquietante de un patriotismo sin patria, la desazón de un heroísmo sin héroes. Lídia Jorge ocupa un lugar muy destacado dentro de la muy viva literatura portuguesa actual, y esta novela es la mejor carta de presentación para el lector español de esta extraordinaria escritora.

"Abbandonata dal padre Walter quando era solo una bambina, la protagonista di questo romanzo smarrisce la propria identita. Cresce in una piccola comunita rurale del Portogallo, insieme alla madre e a Custodio, fratello di suo padre, cercando di ritrovare, attraverso oggetti e vecchie storie dimenticate, il senso di quella assenza, di quella perdita che pesa come un'ombra sulla sua maturazione. Solo divenuta donna il significato di quell'abbandono diventera evidente, quando ritrovera suo padre in Argentina, ormai vecchio e disperato, e ricevera in eredita da lui un lenzuolo, simbolo della sua identita e della sua giovinezza. "

Numa linguagem fluente, com ritmo de policial, o novo romance de Lídia Jorge prende o leitor da primeira à última página, enredando-o no mistério que envolve as principais personagens desta obra. Através de Osvaldo Campos, um psicanalista cuja vida vai sofrer uma imensa alteração, penetramos nos meandros da alma humana e no mundo do crime, e é estabelecida a ligação entre as diversas personagens que se nos deparam e as suas respectivas histórias. Ao relacionar-se com uma misteriosa mulher que surge no prédio do seu consultório, e através de uma paciente sua, cujos sonhos com paquetes e obras de arte, são mais do que isso, Osvaldo Campos vê-se detentor de vários elementos que apontam para uma muito bem organizada rede de tráfico que envolve várias personalidades públicas. Ao pretender denunciá-la envolve-se numa saga pessoal que na sua sombra esconde um terrível rasto de veracidade. Neste seu nono romance, Lídia Jorge explora a alma humana e presenteia-nos com um variado grupo de personagens que encerram em si mistérios que vão para além dos da psique. Assustadoramente actual, este é um daqueles livros que não nos abandonará nunca mais.

Seis contos sobre o desejo - Assim definiu Lídia Jorge esta recolha de contos, sublinhando por certo a atmosfera de intensidade psicológica de que é feita cada uma das presentes narrativas. Contudo, para além do mergulho ao interior de algumas das figuras inesquecíveis que habitam O Belo Adormecido, Leão Velho, As Três Mulheres Sagradas, Assobio na Noite, Miss Beijo e Para Além das Estradas, a acção destes contos desenrola-se a partir da realidade dos comportamentos, tão quotidiana e reconhecível, que diríamos estar perante seis visitas ao interior de alguns mitos contemporâneos que tecem a nossa sociedade. Seis visitas guiadas pela mão de um realismo vigoroso, associado à poética incomum e à fantasia subversiva, para que vêm apontado as últimas obras ficcionais da autora.

A obra literia de Lidia Jorge, unha das grandes escritoras en lingua portuguesa das últimas décadas céntrase basicamente en tres espazos: o do feminino, o da memoria e o da propia escrita. Os seus libros, procurando novos camiños, son crónicas da vida coitá, recreacións literarias caracterizadas pola sensibilidade, a intelixencia, a emoción e a razón, aliadas de forma íntima. En "Marido e outros contos", o espazo feminino acapara o protagonismo. A través dunha narrativa perturbadora e botando man do mnólogo interior, Lidia Jorde preséntanos as demoledoras circunstancias dunha muller que vai confesando as condicións de maltrato ás que a somete o seu home, un alcohólico bébedo que bate nela, pero do que ela non se quere separar por medo á presión social.

Os cinco contos situados quase se evaporaram enquanto os lia. O estilo do Português aqui escrito é com certeza bom para grandes apreciadores. Para mim, que sou apenas utilizadora do Português, preferia que o estilo fosse mais simples para acentuar a estrutura dos contos. Gostei do segundo conto, a Rue do Rhône. Uma carteira feita à custa de um crocodilo, pronto a comer o caçador, mas que se deixou a abater. Meter de baixo do braço uma fera é de facto uma perspectiva original para olharmos para a caça, os amigos dos animais, os vegetarianos, etc. Os outros contos - a Praça de Londres, a Branca de Neve, a viagem para dois e o Perfume - são mais estilo do que imaginação. No primeiro, o fim de um divórcio persegue na rua um pai com uma filha bébé, fruto de um terceiro casamento. De facto, o divórcio abre caminhos para uma sucessão de casamentos - bons ou maus - e os divorciados entram numa espiral de exigência decrecente.No terceiro, uma bancária mostra que o sucesso profissional limita a capacidade de compreensão das artimanhas de gangs de miúdos de favela. O quarto reúne 2 estranhos portugueses num compartimento de um comboio em Itália. Uma aproveita para contar à outra a história de uma vizinha, um gato e a premonição de um casamento com um vigarista de identidades múltiplas. O quinto mais um casamento falhado de um guitarrista. Desta vez, a culpa parece ser da senhora que troca um filho e o marido por um só amor. A ama do menino desestabiliza-o mentalmente e o pai geograficamente. (A Maçon)

Walter es el primer hijo que abandona el viejo caserón familiar de los Dias, un linaje ligado a la tierra de un pequeño pueblo del sur de Portugal desde tiempos inmemoriales. Huye de sí mismo y de su pasado para vagar por el mundo haciendo de su trayecto un objetivo, de lo desconocido su hogar. Atrás deja personas irremediablemente heridas, un oscuro secreto, un rastro de cartas ilustradas con dibujos de pájaros exóticos y una ausencia siempre presente en su hija, quien reconstruye su historia con una voz teñida de perdón y acusación.El fugitivo que dibujaba pájaros es la historia de la relación entre un padre y su hija, del desvanecimiento de una familia sobre la que se teje un inquietante entramado de destinos cruzados. Deslumbrantemente escrita, recorre medio siglo desde los años treinta hasta los ochenta en un mundo eminentemente rural en proceso de cambio y explora de forma magistral la siempre dolorosa experiencia de la emigración desde el punto de vista de los que quedaron atrás.Lídia Jorge ha escrito una novela de melancólica belleza, un texto de una fuerza increíble, impecable, directo, duro y lírico a la vez. En palabras del Premio Nobel José Saramago, El fugitivo que dibujaba pájaros es «un libro extraordinario, lleno de sensibilidad y sentido del tiempo escrito por una de las voces más importantes de la nueva narrativa portuguesa».

Un grupo de jóvenes, representantes de una generación indefinible, decide convivir en una finca tras abandonar a sus familias. Juntos buscan experimentar la intensidad de una vida sin ataduras. La implacable narradora, alejada de la culpa, escribe todo lo que ocurre. Hay muchos paraisos posibles y muchas formas de inventar la vida, y los huespedes de la Casa de Arara son conscientes de ello y han decidido lanzarse al arriesgado vuelo de quien no quiere saber que todo paraiso tiene una frontera que no debe ser cruzada. Encuadernacion: Rustica.

Para escrever «O Dia dos Prodígios», Lídia Jorge foi beber ao passado comum das mulheres mediterrânicas e desta extremidade do mundo ocidental que é a sua terra. Para traduzir os ritos, os gestos, os gritos e a ternura, ela encontrou o tom e as formas das litanias que, particularmente no Sul de Portugal, são a expressão, comum e muito antiga, tanto da vida como da esperança. Daí estas frases que se sucedem como num canto.

A obra foi autografada pela autora. As suas obras encontram-se traduzidas em diversas línguas. Foi distinguida com o Prémio Literário do Município de Lisboa e com o Prémio Bordallo de Literatura da Casa da Imprensa. Exemplar autografado pelo autor.