📗 Libro en portugués HISTÓRIAS DE VIDA DA LUTA ARMADA

Desafiando conceptualizações simplistas e sem fazer julgamentos, Histórias de Vida da Luta Armada fala‑nos de pessoas outrora comprometidas com a transformação política através de meios violentos em Portugal, iluminando os processos pessoais e coletivos que conduzem à adoção e ao abandono de dinâmicas de violência.
O livro tenta compreender as trajetórias individuais, o contexto envolvente, as motivações e os conflitos internos de quem, a partir de diferentes momentos históricos e posições políticas, recusou ser um mero observador da realidade.
Baseado em extensas entrevistas e utilizando abordagens inovadoras para analisar identidades em transformação, este é o primeiro estudo abrangente que dá voz aos protagonistas da luta armada em Portugal, revelando as contradições e a humanidade por detrás dos rótulos de «terrorista » ou «revolucionário», e reconhecendo que estas narrativas são fragmentos de realidades complexas e em constante mudança.

«Neste livro, coloco um foco inédito e sem precedentes nas histórias de vida de indivíduos que se empenharam na transformação política de Portugal através da insurreição armada, contemplando as perspetivas de 28 ex militantes políticos violentos que pertenceram a um total de seis diferentes organizações armadas em Portugal, no século XX. Quatro destas organizações encontravam‑se à esquerda do espectro político e duas, à direita. Três estiveram ativas antes do 25 de Abril de 1974, em condições ditatoriais, duas logo após esta data, em condições de transição para a democracia, e uma já nos anos 80, em plena democracia. A variedade de organizações e pessoas em estudo revela que este é um tópico complexo. Estas pessoas estavam convencidas de que não podiam ser meras espectadoras das circunstâncias políticas da sua época. Para elas, a única forma viável de fazer a diferença era por meio de atos violentos. Portanto, este livro oferece uma plataforma de partilha e análise de vozes tidas em pouca consideração e de narrativas historiograficamente excluídas.»
— Raquel Beleza da Silva