O porquinho mais pequeno não tinha muita vontade de trabalhar e fez, para se abrigar, uma casa de palha. O do meio trabalhou mais e fê-la de madeira, e o mais velho trabalhou muito para construir uma casa de tijolo. E quando o lobo chegou e soprou e soprou…
Os três porquinhos é uma das narrações tradicionais mais conhecidas e de maior aceitação entre os mais pequenos. Bruno Bettelheim na sua Psicoanálise dos contos de fadas, destaca a simbologia que encerram as personagens, as ações que realizam e o desenlace, como metáforas do processo de crescimento e de desenvolvimento da personalidade. A criança, segundo Bettelheim, ao identificar-se com cada um dos três porquinhos, aprende sem ter consciência disso, que as pessoas evoluem e que o crescimento tem grandes vantagens. Assim, o terceiro porquinho, o mais velho dos três, é o que finalmente vence o inimigo, combinando o esforço do trabalho, da inteligência e da planificação racional.
Os três animais simbolizam a evolução e o progresso do homem, desde um estado de imaturidade até à condição de quem sabe enfrentar os conflitos de forma inteligente, permitindo à criança tirar as suas próprias conclusões.